Pesquisadora diz que população é vítima de preconceito nos serviços públicos. Falta de residência fixa prejudica entrada no mercado de trabalho e na escola.
O Distrito Federal tem pelo menos 2,5 mil moradores de rua. O número é  de um levantamento preliminar feito por pesquisadores da Universidade de  Brasília. A pesquisa foi feita entre abril de 2010 e será finalizada em  até dois meses.
  De acordo com a professora Maria Salete Kern Machado, do departamento  de sociologia da UnB, vai oferecer um perfil das pessoas que moram nas  ruas do DF. “Eles enfrentam muito preconceito, e existe muita  dificuldade, por exemplo, de serem atendidos em postos de saúde”, afirma  Maria Salete.
  A pesquisa mostrou que grande parte dos moradores de rua do DF se  concentram no Plano Piloto. “Eles se concentram no Plano porque aqui  estão concentradas as atividades de trabalho. Eles ficam perto da  rodoviária, nos Setores de Clubes Sul e Norte e perto de supermercados,  onde podem conseguir alguma ajuda”, conta a pesquisadora da UnB.
  De acordo com Maria Salete, outra dificuldade que os moradores de rua  enfrentam é a falta de um endereço fixo e de documentos de  identificação. “Isso dificulta que a entrada dessa população no mercado  de trabalho, assim como torna mais difícil que eles consigam atendimento  na rede pública de saúde e na rede pública de ensino.”
  No final do ano passado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento  Social e Trabalho (Sedest) fez um primeiro grande levantamento sobre os  moradores de rua do DF (veja vídeo). A pesquisa mostrou  que parte deles trabalha como lavador ou guardador de carros, outros  sobrevivem de esmola. A maior parte, 81,8%, tem mais de 18 anos, e os  homens são 66% dessa população.
   A pesquisa feita no ano passado mostrou também que 80,8% das pessoas  que moram na rua são de fora do DF, grande parte veio da Bahia, Minas  Gerais e Pernambuco. O desemprego e desentendimentos com a família são  os motivos mais comuns que levam as pessoas a morar na rua.
Fonte: G1.com 
 

 
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