sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DROGAS, FAMÍLIA E ESTADO.



Para livrar os nossos jovens das drogas, é preciso priorizar o amor, a família e a religião. O Estado tem que ser enérgico contra o tráfico.

Os problemas resultantes do consumo de drogas alcançam primeiramente o usuário que tem, na maioria das vezes, o futuro comprometido. Em razão da capacidade destrutiva dos produtos ilícitos, muitos cidadãos passam a conviver com transtornos mentais ou alterações comportamentais diversas. A prática de atos violentos, inclusive contra integrantes da própria família, se transforma em algo comum no cotidiano de algumas pessoas. Seres humanos que, anteriormente, eram distinguidos pelas condutas educada e afetuosa, de repente tornam-se irreconhecíveis.

As famílias sofrem demais com as mutações na vida de um ente envolvido com o crack, por exemplo. Muitos desses dependentes químicos experimentam uma espécie de metamorfose, variando até as suas características fisionômicas como consequência de um envelhecimento precoce. É realmente aterrorizante! Além disso, as mortes de jovens, que segundo o mapa da violência divulgado pelo Instituto Sangari, encontram-se na faixa etária que alcança os maiores índices, quando as causas não são naturais, impressionam pelos elevados números. E o início de tudo isso é, indubitavelmente, o consumo de substâncias alucinógenas.

Os resultados são alcançados porque os agentes do tráfico são sempre alvo dos comparsas. Os acertos de conta realizados no âmbito das organizações criminosas ceifam vidas ou mutilam homens e mulheres submersos nesse mundo cruel. Os traficantes também estão na mira das forças policiais quando reagem a ações imprescindíveis do Estado, que tenta diuturnamente conter o avanço dos delitos.

O mais triste, de todos os fatos descontrolados, é que os dependentes químicos, de uma forma ou de outra, sofrem algum dano, haja vista que muitos têm tudo para alcançar a felicidade, para dar certo na vida. Todavia, por falta de um olhar atento dos seus responsáveis  ou pela escassez de políticas públicas eficientes, os sonhos se decompõem e a porta do inferno se escancara para o seu ingresso. Os dados que contabilizam mortes, dor e sofrimento têm no seu começo as seguintes letras: d r o g a.
Portanto, temos um diagnóstico sobre essas questões. Temos, sobretudo, a compreensão de que existem falhas em vários núcleos, principalmente, no familiar. Logo, se desejamos corrigir todos estes pontos e encontrar a melhor saída, não podemos apontar, apenas, os erros das autoridades - mesmo sabendo que são inúmeros - , entretanto, devemos chamar a atenção dos pais relapsos, pois educar é uma atribuição irrenunciável de quem se propõe a constituir família. Apesar disso, nem todos têm a consciência e agem ou se omitem com total insensibilidade.

A família e a religião são pilares inquebrantáveis que sustentam a honra e a dignidade do cidadão. A formação de uma família, desta forma, deve ser feita com amor e obediência a princípios éticos e morais. É no lar que se aprende a enxergar o mundo e interpretar o que é bom e o que é maligno. Os pais devem ensinar aos filhos o que é correto e as formas de se protegerem do mal. Ademais, as autoridades devem cumprir as suas obrigações e dar exemplo de honestidade, honradez e seriedade, já que a sociedade não pode ter, como espelho, homens públicos ímprobos, indignos, marginais. Diante disso, as crianças e os adolescentes precisam, para não entrar nesse mar desumano, de escola em tempo integral. Os estabelecimentos de ensino devem transmitir conhecimentos e oportunizar as condições para que o aprendizado se dê de forma efetiva. As atividades esportivas, aulas de informática e línguas estrangeiras, além de qualificar o cidadão, afastam-no do erro. A escola é o prolongamento do lar.

Destarte, para livrar os nossos jovens das drogas, é preciso priorizar o amor, a família e a religião. O Estado tem que ser enérgico contra o tráfico, castigar os traficantes e propiciar as condições de formação educacional e a capacitação para os jovens ingressarem no mercado de trabalho e os homens públicos devem ser exemplares, pois suas atitudes se refletem no comportamento social. Como no dizer de Lenine "o mundo vai girando cada vez mais veloz... a gente espera do mundo e o mundo espera de nós.." Só que, nesse caso, a questão é de atitude, e não apenas de paciência.

Por Mendonça Prado
Fonte: Brasil247.com
Mendonça Prado é advogado, deputado federal por Sergipe e vice-presidente nacional do Democratas.
Imagens do google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário